ClimaInfo, 6 de abril 2018

ClimaInfo mudanças climáticas

MAIS SOBRE O LEILÃO DE GERAÇÃO DESTA SEMANA

Os preços baixos obtidos no leilão de geração de repercutiram bem, tanto aqui quanto lá fora. Os preços das renováveis têm sido acompanhados com lupa por muita gente mundo afora. A Bloomberg, por exemplo, comemorou o preço obtido para a energia eólica, dizendo, como também fizemos aqui ontem, que estes chegaram bem perto dos realizados num leilão recente no México que conseguiu.

Mas o resultado não contentou a todos, principalmente alguns dos  fabricantes de equipamentos para eólicas. Acontece que foram cadastrados quase 1.700 projetos que, somados, atingiam a capacidade de geração de quase 50 GW. No cômputo final, os 1 GW contratados vêm de somente 39 projetos. A fonte eólica, que tinha mais de 900 projetos cadastrados que somavam 26 GW, só conseguiu negociar 4 projetos totalizando 0,11 GW. Isto fez os preços serem o indicador de sucesso do leilão, os mais baixos já negociados em todas as fontes. Mas o volume frustrou.

https://www.bloomberg.com/news/articles/2018-04-04/wind-power-cheaper-than-ever-in-brazil-almost-as-low-as-mexico

http://www.valor.com.br/empresas/5431427/fabricante-de-equipamento-ja-esperava-resultado-fraco#

http://www.valor.com.br/empresas/5431425/precos-em-leilao-4-reforcam-tendencia-de-queda-de-custos#

 

MAIS UM LEILÃO DO PRÉ-SAL ESTE ANO

E a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) que mal realizou um leilão, já está pensando no próximo. Ela quer colocar neste leilão áreas consideradas interessantes do pré-sal: três que não pegaram ofertas no ano passado e dois blocos que o TCU tirou do leilão da semana passada. A novidade que está sendo preparada pela Agência é colocar as áreas terrestres no chamado “ciclo de oferta permanente”. Na semana passada, ninguém fez oferta pelos blocos terrestres, apesar do potencial de gás natural que eles têm. Assim, a ANP quer tirá-los dos leilões e deixá-los em aberto para quem e quando quiser. Isso vai complicar o monitoramento do que vai acontecer com esses blocos.

http://www.valor.com.br/brasil/5431601/anp-quer-levar-leilao-areas-restantes-do-pre-sal

 

O BRASIL E O MUNDO NA REUNIÃO SOBRE CLIMA E NAVEGAÇÃO

As discussões em torno da reunião da IMO (sigla em inglês da Organização Marítima Internacional) continuam intensas. Por aqui, o que se discute é se – e quanto – o país pode perder com os resultados dessas negociações. Daniela Chiaretti, do Valor, ouviu de Paulo Chiarelli, chefe da divisão de mudança do clima do Itamaraty, que “os países em desenvolvimento e o livre comércio não podem sofrer com as medidas de redução de emissão do setor marítimo”. Se as ações de redução das emissões da navegação internacional impactarem o preço do frete, produtos brasileiros ficarão mais caros e poderão perder mercado. A BBC também falou com representantes brasileiros na reunião em Londres que reafirmaram que o país não abre mão do princípio das “responsabilidades comuns, mas diferenciadas”.

As opções que estão sobre a mesa passam, dentre outras, pelo aumento da eficiência dos navios, pela redução de suas velocidades e pela substituição, ao menos parcial, dos fósseis diesel e óleo pesado por biocombustíveis. A cada alternativa corresponde um ou mais países que se sentem prejudicados. Mesmo a redução de velocidade impactaria a exportação de frutas frescas de países como o Chile e o Peru. O quadro indica que a saída terá que passar por esquemas de isenções e compensações em função de produtos e países. Já parte da mídia internacional pressiona por compromissos coerentes com as metas do Acordo de Paris, e até por metas mais ambiciosas. Dominique Pialot escreveu no La Tribune francês que, se hoje a navegação emite tanto quanto a Alemanha, cerca de 2,5% das emissões globais, até 2050, se os países fizerem o que prometerem e a navegação continuar a não fazer nada, o setor passará a representar algo próximo dos 20%. Esta possibilidade deveria estar colada na testa de todos os negociadores. Laurence Tubiana, CEO do Fundo Europeu do Clima, e uma das principais responsáveis pelo sucesso do Acordo de Paris, lembra que os efeitos das mudanças do clima já estão aí e atingirão a própria navegação, seja na forma de furacões e tempestades extremas, seja na inundação de portos pelo aumento do nível do mar. Para ela, deveria ser do maior interesse da navegação internacional a mais ambiciosa meta que conseguirem acordar.

http://www.valor.com.br/internacional/5424673/paises-negociam-reduzir-emissoes-do-transporte-maritimo#

http://www.bbc.com/portuguese/geral-43629719

https://www.eenews.net/climatewire/2018/04/05/stories/1060078193

https://www.latribune.fr/entreprises-finance/services/transport-logistique/climat-le-transport-maritime-international-face-a-ses-responsabilites-774183.html

https://news.trust.org/item/20180403161534-fb9c1

 

NOVA REDE PROMOVERÁ INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA

Foi lançada esta semana a associação Rede ILPF (integração lavoura-pecuária-floresta). Gestada pela Embrapa e composta por empresas como a Cocamar, John Deere, Soesp e Syngenta, a associação congrega também a SOS Mata Atlântica e o Bradesco. A meta é chegar em 2020 com quase 20 milhões de hectares com ILPF. Hoje, já são quase 15 milhões, bem acima de uma das metas da NDC brasileira, que prometia adicionar 5 milhões de hectares até 2030. A formalização como associação permitirá à Rede a buscar US$ 1 bilhão para investimentos em pesquisa, capacitação e transferência de tecnologia. O Bradesco entrou pensando em abrir uma linha de crédito voltada para a redução de emissões e o sequestro de CO2 da atmosfera, um pouco nos moldes do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC).
https://www.embrapa.br/web/rede-ilpf

https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/33038768/embrapa-e-empresas-criam-associacao-rede-ilpf-para-ampliar-uso-de-sistemas-integrados-na-agricultura

http://www.valor.com.br/agro/5427485/em-defesa-do-uso-da-tecnologia#

 

A SHELL SABIA MUITO SOBRE A MUDANÇA DO CLIMA E HÁ MUITO TEMPO

Um jornal holandês teve acesso a documentos da petroleira Shell da década de 1980 que revelam que a gigante sabia que queimar fósseis impactaria o clima e que isto traria impactos sérios ao negócio do petróleo e do carvão. A bola/concha de cristal advertia que ambientalistas poderiam abrir processos judiciais por conta de danos causados por eventos extremos. Trecho de um relatório de 1988 diz que “com a longa escala de tempo envolvida, seria tentador para a sociedade esperar antes de tentar fazer alguma coisa. As implicações potenciais para o mundo, no entanto, são tão grandes que as opções precisam ser consideradas com muita antecedência. E a indústria da energia precisa pensar como vai desempenhar seu papel”.

Como antevisto pela Shell, na 4a feira, a Friends of the Earth anunciou que abrirá um processo contra a Shell caso a empresa não reveja seu plano de investimentos e o alinhe com as metas de Paris. Na semana passada, a Shell divulgou sua visão de futuro na qual, para ficar dentro de meta de 2oC, alguém teria que sugar uma quantidade monstruosa de CO2 da atmosfera, para a empresa pudesse continuar vendendo combustíveis fósseis.

http://www.ciel.org/news/crackintheshell/

http://www.ciel.org/wp-content/uploads/2018/04/A-Crack-in-the-Shell_April-2018.pdf

https://www.desmogblog.com/2018/04/04/here-what-shellknew-about-climate-change-way-back-1980s

https://insideclimatenews.org/news/05042018/shell-knew-scientists-climate-change-risks-fossil-fuels-global-warming-company-documents-netherlands-lawsuits

https://www.theguardian.com/environment/2018/apr/04/friends-of-the-earth-threatens-to-sue-shell-over-climate-change-contributions

 

BHP BILLITON SAI DA ASSOCIAÇÃO MUNDIAL DO CARVÃO

A BHP Billiton, uma das donas da Samarco e uma das maiores mineradoras mundiais, anunciou que se retirou da Associação Mundial do Carvão. Ela já vinha se desfazendo de minas de carvão na Austrália e em outros lugares dentro de um plano de limpeza de imagem. Mas como parte importante do seu negócio fica nos EUA de Trump, também avisou que continuará participando do grupo carvoeiro da Câmara do Comércio. Eis aí um bom exemplo do movimento popularmente conhecido como “uma no cravo e outra no joelho do cavalo”.

https://www.bloomberg.com/news/articles/2018-04-05/top-miner-bhp-quits-world-coal-association-over-climate-clash

https://www.reuters.com/article/us-bhp-coal-climatechange/bhp-says-to-quit-global-coal-lobby-group-stick-with-u-s-chamber-of-commerce-idUSKCN1HC075

 

O SUCESSO CRESCENTE DAS RENOVÁVEIS NO MUNDO

A IRENA (sigla em inglês da Agência Internacional para as Energias Renováveis) lançou seu relatório “Estatísticas de Capacidade Renovável 2018”, o primeiro em dois anos. O relatório dá números à percepção de que as fontes renováveis estão em todo lugar e com peso cada vez maior. No final de 2017, a capacidade total instalada chegou a 2.179 GW, mais da metade destes em hidrelétricas, um quarto em eólicas, quase 20% em fotovoltaicas e 6% em outras fontes como geotérmica, marés, ondas etc. O crescimento destas fontes segue a uma taxa entre 8% e 9% ao ano. Também, como nos últimos tempos, a fotovoltaica foi a que mais cresceu em capacidade instalada, 32%, seguida dos 10% das eólicas. Quase metade dos mais de 2.000 GW estão na Ásia, 510 GW na Europa, 350 GW na América do Norte e 200 GW na América do Sul. E foi na Ásia, principalmente na China e na Índia, que estas fontes mais cresceram: 64% do adicionado no ano passado. Interessante notar que 2017 foi o ano em que houve menos capacidade adicionada na forma de hidrelétricas. Interessante também que a IRENA estima que haja 6,6 GW de geração distribuída instalada no mundo, basicamente painéis fotovoltaicos em residências e edifícios.

http://www.irena.org/newsroom/pressreleases/2018/Apr/Global-Renewable-Generation-Continues-its-Strong-Growth-New-IRENA-Capacity-Data-Shows

 

AGÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIA É ACUSADA DE MANIPULAR DADOS E FAVORECER OS COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS

A IEA (sigla em inglês da Agência Internacional de Energia) está sendo acusada de subestimar a penetração das fontes renováveis, mantendo o destaque que sempre deu aos fósseis. Ontem a Oil Change International e a IEEFA (Instituto para a Economia e Análise Financeira da Energia) soltaram um relatório duro mostrando como dois dos mais usados cenários da Agência não levam ao cumprimento das metas de Paris, apesar de induzirem a pensar que sim. O SDS (cenário de desenvolvimento sustentável), segundo os autores do relatório, mira numa probabilidade de 50% do aquecimento ficar em 2oC, não faz qualquer menção à meta de 1,5oC e, pior, é fortemente dependente das tecnologias de captura e armazenamento de carbono que, até agora, não foram comprovadas.

Outro ponto destacado no relatório é a deferência dada aos países desenvolvidos como, por exemplo, indicando que a Índia cortaria 46% das suas emissões, enquanto a Europa mal chegaria a 40%. Isso contradiz um dos pilares do Acordo de Paris, segundo o qual os países desenvolvidos teriam que arcar com uma responsabilidade maior nos cortes de emissões.

Em tempo: no Fórum Econômico de Davos, no começo do ano, o CEO da IEA, Fatih Birol, se encontrou com o quase ex-ministro da energia, Coelho Filho, quando disse que o Brasil estava dando o sinal certo às petroleiras, que os investimentos nos fósseis no país aumentariam, e que o país passaria pelo segundo maior crescimento da produção de petróleo, atrás apenas dos EUA.

https://www.theguardian.com/environment/2018/apr/05/iea-accused-of-undermining-global-shift-from-fossil-fuels

http://priceofoil.org/2018/04/04/off-track-iea-briefing-for-investors/

http://ieefa.org/commentary-ieefa-versus-iea/

 

REVELADO  DESASTRE QUE A BP PODERIA CAUSAR NO SUL DA AUSTRÁLIA

Depois de dois anos, foram tornados públicos documentos relativos à decisão da BP (British Petroleum) de abandonar seus planos de exploração de petróleo na Grande Baía Australiana (Great Australian Bight), no sul do continente. Havia, naturalmente, uma preocupação das autoridades ambientais com a possibilidade de vazamentos de óleo. A BP deve ter achado que não seria rentável para ela continuar a exploração segundo as boas práticas ambientais. A BP tinha quatro concessões, continua com duas, mas sem mexer nelas, e vendeu duas outras para a norueguesa Statoil. Os documentos que vieram agora à público mostram uma simulação de vazamento que se espalharia, em 4 meses, por 650 km de costa em direção ao leste, chegando a 750 km depois de quase um ano. Limpar tudo exigiria uma quantidade de equipamento e pessoal que a BP concluiu não ter como encarar. No ano passado, a Chevron, que também tinha interesses na região, fechou as malas e também desistiu.

Para recordar, o pior vazamento de petróleo até hoje aconteceu quando da explosão de uma plataforma da BP no Golfo do México. Escaldada pela conta de US$ 65 bilhões que ainda está pagando, a empresa preferiu não correr o risco.

http://www.climatechangenews.com/2018/04/05/documents-shed-light-bps-failures-great-australian-bight/

 

DOENÇA TRANSMITIDA POR CARRAPATOS É A PRIMEIRA EPIDEMIA ATRIBUÍDA À MUDANÇA DO CLIMA

Um artigo publicado na Aeon conta duas histórias de impactos climáticos sobre animais. A primeira fala de uma espécie de lebre que vive nos estados no nordeste americano e que muda sua pelagem conforme a estação. Quando começa a nevar, ela fica branca. Quando a primavera aparece, torna-se marrom. Só que os invernos estão ficando mais curtos: começando mais tarde e acabando mais cedo. Isso gera o que pesquisadores estão chamando de “inadequação de camuflagem induzida pela mudança do clima”. As lebres ficam brancas antes de começar a nevar e continuam brancas quando a neve já derreteu. Pesquisadores mediram uma queda de 7% na taxa de sobrevivência, porque predadores começaram a ver mais lebres.

A outra história leva a um impacto sobre os humanos. Com as temperaturas subindo, a quantidade de carrapatos aumentou. Isso fica claro pelo aumento na quantidade de alces e veados infestados, e pela quantidade de carrapatos em cada animal. Carrapatos somem no frio, e este dura menos meses. O problema, além dos impactos sobre alces e veados, é que o carrapato é transmissor da doença de Lyme. Esta, se tratada no início, tem sintomas semelhantes ao de uma gripe forte. Mas depois de avançada, é muito debilitante e difícil de ser tratada. A doença de Lyme vem se espalhando a ponto da CDC norte-americana (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) a tratar como endêmica no país e não como epidemia. Pelo jeito, é a primeira doença importante causada pela mudança do clima no hemisfério norte.

https://aeon.co/essays/how-lyme-disease-became-the-first-epidemic-of-climate-change

 

Para ir

MUDANÇAS CLIMÁTICAS: O QUE INVESTIDORES SOCIAIS QUEREM, PODEM E DEVEM FAZER

Alice Amorim, do Instituto Clima e Sociedade, e Carlos Rittl, do Observatório do Clima, discutirão perguntas como: quais as prioridades da agenda climática no Brasil?; e como o investidor social privado pode contribuir para reduzir a vulnerabilidade climática de milhares de brasileiros?

O evento faz parte do Congresso GIFE – Brasil, Democracia e Desenvolvimento Sustentável e está aberto a todos os interessados.
Hoje, sexta-feira, 6 de abril, das 14:00 às 15:30, na Fecomércio.
Rua Plínio Barreto, 285, na Bela Vista, São Paulo

https://congressogife.org.br/2018/

 

Para ir ou acompanhar

DESMATAMENTO ZERO: AUDIÊNCIA PÚBLICA NO SENADO

Com a participação do Greenpeace, IPAM, INPA e Observatório do Clima.
Terça, 10 de abril, 09:30h
Se não der para ir, acompanhe a transmissão online.
http://www.senado.gov.br

 

Para ver

MULHERES INDÍGENAS: VOZES POR DIREITOS E JUSTIÇA

Os dez anos da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas são o mote do documentário “Mulheres Indígenas: Vozes por Direitos e Justiça”, produzido pela ONU Brasil. O vídeo recupera alguns momentos do diálogo entre as mulheres indígenas e as Nações Unidas em torno de sua articulação pelos direitos humanos e em defesa de seus povos e territórios, no Brasil e no exterior.

Disponível nas plataformas digitais da ONU Brasil, entre elas o Youtube.

https://www.youtube.com/watch?v=FWJBVwGsNWY&feature=youtu.be

 

Para ir

WORKSHOP: A TERMELETRICIDADE NO NOVO CONTEXTO DO SETOR ELÉTRICO – A importância da avaliação de impactos ambientais

Organizado pelo IBAMA e o Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) serão discutidos os principais desafios regulatórios e institucionais para a avaliação e gestão de impactos ambientais da termeletricidade. Também será discutida a factibilidade de soluções tecnológicas de menor impacto ambiental.

Dias 24 e 25 de abril, no auditório do Ibama, em Brasília.

Inscrições e programa completo no link abaixo.

http://bit.ly/WorkshopUTEs

 

Para assistir

CONVERSA SOBRE O SISTEMA TERRA

Em pleno Antropoceno, é imprescindível que fiquem mais conhecidos os avanços obtidos nas últimas três décadas.
Ou melhor, “Quão longe fomos na ciência sobre o Sistema Terra?”.
A conversa com o cientista Carlos Nobre gira em torno de 4 perguntas:
1) O que pensar hoje das questões formuladas em 2002 pela GAIM (Análise, Integração e Modelagem Global)?
2) Quais são os elementos críticos do Sistema Terra?
3) Como integrar os conhecimentos das ciências naturais e sociais?
4) Que níveis de complexidade e resolução devem ter a modelagem do Sistema Terra?
Dia 10 de abril, 10:00h
Gratuito e sem inscrição.
Sala Alfredo Bosi – Rua Praça do Relógio, 109, térreo, Cidade Universitária, São Paulo.
http://www.iea.usp.br/eventos/conversa-sobre-o-sistema-terra

 

Para apoiar e depois não perder

SER TÃO VELHO CERRADO

“Ser Tão Velho Cerrado” é um longa-metragem documental do diretor André D’Elia, cujo personagem central é o Cerrado, bioma brasileiro de extrema importância, que está morrendo de forma rápida, irreversível e poucas pessoas têm conhecimento dessa catástrofe ambiental em andamento.

O filme está sendo distribuído de forma “não convencional” por meio de uma plataforma de exibição fora das salas de cinema e usando plataformas já existentes como a Video Camp e a Taturana Mobi.

Usuários podem se cadastrar, preencher um formulário muito simples, receber o link do filme para download e realizar sua exibição no espaço público que bem entenderem.

No site, como colaborar com a iniciativa.

https://www.catarse.me/maiscerrado

 

Para ler

TAMING THE SUN

Varun Sivaram faz uma análise sobre o crescimento da geração fotovoltaica diferente do que é costume. Ele acha que podem haver gargalos técnicos que paralisariam a fonte fotovoltaica. O primeiro e mais crítico é o emprego acachapante de silício, material superabundante, mas cuja eficiência de conversão da energia do Sol em eletricidade pode estar chegando ao limite teórico. Daí ser crucial o desenvolvimento de novos materiais para a conversão de energia. Ele observa que os modelos de negócio do setor elétrico não sabem como aproveitar o fotovoltaico em todo o seu potencial e que novos modelos terão que surgir.
O livro será lançado no dia 1o de maio e o preço de lançamento é R$ 94,55

https://www.amazon.com.br/Taming-Sun-Innovations-Harness-Energy/dp/0262037688

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/03/livro-defende-inovacao-para-ampliar-o-uso-de-fonte-solar.shtml

 

Para apresentar projetos
PROGRAMA ECOMUDANÇA DO ITAÚ UNIBANCO

Data limite: 12/04/2018
O Itaú torna público seu edital que tem como objetivo reduzir os impactos das mudanças no clima. Serão apoiados projetos nas seguintes linhas temáticas: energia renovável; manejo de resíduos; recuperação de áreas degradadas/sistemas agroflorestais; e agricultura sustentável.
Organizações da sociedade civil sem fins lucrativos estão elegíveis para participar do edital e submeter seus projetos a fim de receber um apoio de até R$ 100.000,00 (cem mil reais).
O processo de inscrição na chamada é feito inteiramente na internet por meio da plataforma Ekos Social.
Site do Programa Ecomudança para mais informações: https://www.itau.com.br/sustentabilidade/riscos-e-oportunidades-socioambientais/ecomudanca/

 

Para ir

FEBRABAN – PRECIFICAÇÃO DE CARBONO

No tradicional Café com Sustentabilidade deste mês, o tema será o que anda acontecendo com a ideia de precificação das emissões de gases de efeito estufa. A precificação pode acontecer via imposto, via mercado com esquemas tipo cap-and-trade ou via combinações destas alternativas. No evento, serão apresentados os resultados de dois estudos. O primeiro, realizado em parceria com o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (GVCes), identificou tendências para empresas e bancos ligados às emissões de gases de efeito estufa e avaliou, por meio de simulações, o potencial impacto da precificação de carbono nos resultados de empresas de setores selecionados.
O segundo, elaborado em parceria com o CDP, organização internacional que fornece um sistema global de dados ambientais, mapeou as práticas adotadas por empresas brasileiras para gestão dos riscos e oportunidades da mudança do clima. Os resultados das análises serão comentados por representantes de empresas e instituições financeiras.
Dia 24 de abril, das 08:30 às 11:30.

https://portal.febraban.org.br/evento/84/pt-br/53º-café-com-sustentabilidade

 

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