O tempo esquenta para o agronegócio

10 de fevereiro de 2019

Na semana passada, a NASA e o serviço de Mudança Climática da União Europeia disseram que 2018 foi o quarto ano mais quente dos registros e o serviço meteorológico britânico, o Met Office, avisou que, a continuar a tendência atual, é possível que a barreira dos 1,5°C acima dos níveis pré-industriais seja ultrapassada nos próximos cinco anos.

A novidade é que o público rural está tomando nota. O pessoal do Canal Rural deu a notícia e foi falar com meteorologistas para entender melhor o que está acontecendo e o que está por vir. O ex-ministro da agricultura, Roberto Rodrigues, escreveu na sua coluna no Estadão fazendo várias alusões à safra “que dependerá do clima, hoje incerto” e a uma “chuva (…) irregular e mal distribuída (…) de modo que já se prevê uma quebra significativa do volume nacional da soja” e “mais a quebra de produção de cana em função da seca”. Roberto conclui dizendo que “o agro está mesmo perdendo renda, e não é pouca”.

Às duas matérias, só faltou juntar lé com cré e dizer que o desmatamento da Amazônia e do Cerrado contribui para mudar o clima global e localmente. Certo, o desmatamento não é o único responsável pela mudança do clima e nem a mudança do clima é a única responsável pelas chuvas irregulares e pelas secas. Mas sua contribuição é incontestável e, portanto, não faz sentido apoiar políticas que só piorarão a situação no campo.

 

Boletim ClimaInfo, 11 de fevereiro de 2019.

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