Mais um grande produtor de aço assumiu um compromisso de descarbonização. A gigante alemã ThyssenKrupp prometeu deixar de usar carvão na fundição de minério de ferro até 2050. Atualmente, a produção de aço contribui com cerca de 40 milhões de toneladas de CO2 por ano, cerca de um terço das emissões totais da indústria alemã. O hidrogênio será usado para transformar o minério em ferro-gusa que, depois, será refundido em fornos elétricos a arco para a produção de aço. Atualmente, o uso do hidrogênio é muito mais caro do que o do carvão, mas os fabricantes alemães estão sob pressão para mostrar como se livrarão dos combustíveis fósseis. A ThyssenKrupp estima que a transição para o hidrogênio custará mais de 30 bilhões de euros.
A quantidade de eletricidade que será necessária para produzir o hidrogênio e fazer funcionar os fornos elétricos a arco será enorme. Na fronteira da Áustria, a Voestalpine, fabricante local de aço, sugere que a conversão para o hidrogênio da sua principal fábrica necessitará de 30 terawatt-hora por ano, da ordem de 50% da atual demanda total da Áustria.