A respeito da carta que um grupo de autodenominados cientistas enviou ao ministro do meio ambiente, o Observatório do Clima publicou duas matérias ótimas. A primeira, de Alexandre Costa, foi atrás de muitos dos dados e das informações que os negacionistas escreveram e mostra como estão completamente errados. Aliás, logo de cara, Costa avisa que, fossem cientistas, os autores teriam colocado a fonte desses dados e informações. A carta, assim, repete a mesma tática das fake news que o então candidato Bolsonaro postava diariamente. Para pegar um exemplo, Costa pegou a afirmação de que “há 6.000-8.000 anos (…) os níveis do mar atingiram até 3 metros acima dos atuais” para contrapor que “a literatura científica indica que os oceanos estavam na realidade em níveis mais baixos” do que os atuais. Recomenda-se a leitura tanto para quem acreditou na carta negacionista como para quem quer se precaver para debates parecidos.
No segundo artigo, Claudio Angelo conta que a carta é basicamente uma versão requentada de outros documentos que parte deste grupo publicou. E traz uma divertida investigação sobre quem são e qual a (des)qualificação dos autores.
Novo no Climainfo, outro artigo a respeito da carta.