Encontro do G7 reconhece o papel dos Povos Indígenas e comunidades locais na preservação da biodiversidade

Os ministros de meio ambiente do G7 (França, Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Itália, Japão, Reino Unido) assinaram ontem a Carta de Metz (cidade francesa onde aconteceu o encontro). Nela, reconhecem a importância e a urgência da tomada de ações concretas para a preservação da biodiversidade, não apenas por seu valor intrínseco, mas por “constituir o capital natural que nos supre com alimentos, matérias-primas, remédios, abrigo, solos férteis, regulação climática e hídrica, mitiga e previne desastres naturais e nos oferece oportunidades de empregos”. A carta dá destaque para o “reconhecimento do papel importante dos Povos Indígenas e das comunidades locais, mulheres e jovens, no que diz respeito à biodiversidade, e para a necessidade de se engajar com eles para promover os esforços em direção à sua conservação e ao seu uso sustentável.”

Uma outra recomendação do encontro é pelo aumento de impostos sobre as empresas que degradam a biodiversidade. Angel Gurria, que preside a OCDE, comentou que os impostos ambientais correspondem a apenas 1,6% da produção econômica global e que apenas um centésimo disso é revertido para ações em biodiversidade: “É microscópico. O que as políticas fiscais nos dizem é que a biodiversidade não tem a menor importância para nós.”

 

ClimaInfo, 9 de maio de 2019.