Salles está usando duas estratégias para paralisar as equipes que deveriam procurar por criminosos ambientais: ou ameaça abrir processos administrativos contra os fiscais (que podem perder seus postos no serviço público se descumprirem ordens do ministro) por simplesmente fazerem seu trabalho, ou exonera servidores que ocupavam cargos estratégicos ou de chefia, o que torna as equipes acéfalas. Sem comando, não há planejamento a médio e longo prazo, e as ações de fiscalização vão sumindo. A estratégia criou uma legião de servidores forçados a não fazer nada, que não conseguem ou são impedidos de atuar como deveriam. Em português claro: para implantar a agenda que Bolsonaro lhe encomendou, Salles está pagando funcionários altamente qualificados para não trabalhar.
Vale a leitura da matéria completa do The Intercept Brasil, repleta de casos ilustrativo destas duas estratégias.
Uma outra matéria, da Época, mostra como o ministro tem desmontado a agenda verde em favor do agronegócio. e traz outros casos que também ilustram as duas estratégias descritas acima.
ClimaInfo, 10 de maio de 2019.
