O MapBiomas Alerta mostrou que, entre janeiro e março, só para 5% dos quase 90.000 hectares desmatados havia autorizações para a supressão da vegetação nativa. Pior, quase 36.000 dos hectares desmatados pertencem a Unidades de Conservação ou outras áreas protegidas, onde desmatar é crime.
Tasso Azevedo mostra n’O Globo que “o Brasil tem mais de cinco milhões de propriedades registradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR), e a fração que está desmatando em pleno 2019 representa menos de 0,2% do total de propriedades. É estarrecedor o grau de ilegalidade verificado no desmatamento no Brasil. O caminho para acabar com essa praga passa necessariamente por garantir que aquele que desmata ilegalmente seja exemplarmente punido e repare – em campo – o dano causado.”
Tasso acrescenta: “Durante anos, uma boa parte do restante do agronegócio se deixou representar por estas forças retrógradas (aquele menos de 1% que quer ver anistiado o seu desmatamento ilegal) e parece agora estar despertando. Essa minoria retrógrada não pode destruir a imagem e a base dos recursos naturais fundamentais para manter e fomentar uma agropecuária pujante e sustentável. Se o fizerem, se tornarão os piores inimigos do agronegócio e do meio ambiente no Brasil.”
