Apagão socioambiental

socioambiental

Andreia Fanzeres, da Operação Amazônia Nativa, escreveu n’O Globo sobre o que o governo fez até agora no campo socioambiental: “Esses quase dez meses de governo tiveram como complicador o alinhamento explícito do presidente da República e do ministro do Meio Ambiente com os setores responsáveis pelas maiores pressões contra a floresta e suas comunidades. Prometeram em rede nacional a invasores de áreas protegidas que o Ibama e o ICMBio não iriam mais incomodar, a garimpeiros e madeireiros ilegais que teriam suas atividades legalizadas, e ao segmento do agronegócio favorável à liberação irrestrita de novos agrotóxicos, que façam ‘justiça’ com as próprias mãos, podendo se armar em áreas de conflito, agora respaldados pela lei. […]

O clima de vale-tudo e da impunidade não será facilmente vencido, exatamente num momento em que a Amazônia se aproxima, segundo nossos mais renomados cientistas, de um limite cujas mudanças passarão a ser irreversíveis para a recomposição da floresta e para todos os serviços que ela presta ao Brasil e ao equilíbrio climático global. Para sair da rota de colisão contra si mesma, a população brasileira precisa encarar esse tema como prioridade, indo às ruas, cobrando respostas e demonstrando no voto que não tolera mais irresponsabilidade com o seu maior patrimônio.”

 

ClimaInfo, 27 de setembro de 2019.

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