Mídia e cientistas cansados dos exterminadores do futuro

Exterminadores do Futuro

Sob o título “Exterminadores do Futuro”, Vera Magalhães escreve no Estadão: “De todas as áreas em que Jair Bolsonaro escolheu ministros a partir de critérios ideológicos, as que mais comprometem o presente e o futuro do Brasil são Educação e Meio Ambiente.” Ela diz que ambos têm uma característica em comum que norteia suas atuações: “Nutrem profundo desprezo pelas áreas que comandam.”

Marcelo Leite aponta na Folha sua caneta giratória para Bolsonaro, dizendo que o capitão tem razão ao dizer que o desmatamento, assim como as queimadas, são culturais no Brasil. Para Marcelo, “há uma cultura arraigada de derrubar florestas e queimá-las que quase acabou com a Mata Atlântica, está dizimando o Cerrado e avança sobre a Amazônia, para alegria de grileiros e garimpeiros que o presidente incentiva. Também viceja uma cultura escravocrata que desvaloriza as vidas de negros, sejam eles inocentes, bandidos ou policiais.

É uma cultura do crime, miliciana. Nem adversários acham que ela possa resultar em impeachment, caso o leitor tenha pensado nisso por causa do título da coluna. O fracasso criminoso em erradicar essa cultura é da responsabilidade de todos que elegemos para emporcalhar o palácio presidencial.”

Mario Sergio Cortella falou na CBN da urgência em cuidar da natureza, porque dela dependemos para viver. Ele lembra que muita gente tem relativizado esse cuidado, esquecendo da lógica simbiótica dessa relação com o homem, mas, segundo ele, “qualquer ferida no meio ambiente é autodestrutiva. Tudo que for feito ao hospedeiro vai acontecer ao hóspede, que somos nós, seres humanos.”

Em nota em defesa da universidade pública, da ciência e da educação, a Academia Brasileira de Ciências diz que “a incontinência verbal do ministro prejudica a nação brasileira. É hora de recuperar a integridade do Ministério da Educação. E de promover a educação não apenas como política de Estado, fundamental para o desenvolvimento nacional, mas também como balizadora da conduta dos cidadãos e das autoridades governamentais.”

 

ClimaInfo, 25 de novembro de 2019.

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