A Europa se tornou o primeiro continente a declarar “emergência climática”. Por meio da resolução de ontem, o Parlamento Europeu pede à Comissão Europeia e aos Estados-membros que tomem medidas para aumentar a proteção do clima e se compromete a também fazer o mesmo. A votação ocorreu a dias da abertura da Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas (COP) em Madri e duas semanas antes de a Comissão Europeia apresentar o primeiro rascunho de seu Acordo Verde Europeu, que visa alcançar a “neutralidade climática” até 2050.
As atuais metas de emissões preveem a redução dos gases de efeito estufa da UE em 40% até 2030 em relação aos níveis de 1990. O pacto proposto pela nova presidente da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen (cujo mandato começa oficialmente neste domingo), pretende aumentar os cortes para ao menos 50%. A proposta de Ursula inclui um aumento nos impostos sobre o carbono, investimentos mais pesados em negócios sustentáveis, redução da poluição e maior proteção das florestas, parques nacionais e espaços verdes.
Estados como Polônia, Hungria e República Tcheca, que dependem de combustíveis fósseis, como o carvão, relutam em se comprometer com a neutralidade das emissões de carbono até 2050 e pedem financiamento adicional
Em tempo: Christine Lagarde quer Banco Central Europeu atuando no combate às mudanças climáticas. O tema deve entrar na revisão dos objetivos do Banco. A iniciativa abre debate sobre uso de política monetária no combate às mudanças climáticas.
ClimaInfo, 29 de novembro de 2019.
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