As negociações dos mercados de carbono ficaram para 2020

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Daniela Chiaretti conseguiu explicar de forma simples e clara, no Valor, porque as negociações sobre os mercados de carbono empacaram mais uma vez.

Brasil China e Índia acham que suas empresas e projetos têm muitos créditos de carbono a vender. Sonham em obrigar a Europa a comprá-los, porque o mercado de carbono europeu é o maior do mundo.

Chiaretti conversou com um negociador europeu que disse simplesmente que “os governos europeus não querem que suas empresas negociem com empresas na China, na Índia, no Brasil.” Embora cheias de nuances e tecnicalidades, as discussões sobre os mecanismos de mercado empacam pelo simples motivo que ninguém quer ser obrigado a comprar.

Há uma questão climática de princípio sendo violada. Brasil, China e Índia estão entre os maiores emissores do mundo, portanto não há redução de emissão de carbono “sobrando” para vender. As “nuances e tecnicalidades”, ou simplesmente trapaças, visam abrir brechas para que possam.

Vale a leitura ainda das matérias da Climate Change News, do Estadão e da Folha. O Valor publicou uma segunda matéria a respeito.

Em tempo: O ministro Salles, em sua página no Twitter, responsabilizou os europeus pelo fracasso da COP porque “países ricos não querem abrir seus mercados de créditos de carbono”, como se a luta para conter a mudança do clima se resumisse a um balcão de negócios de segunda categoria.

 

ClimaInfo, 16 de dezembro de 2019.

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