A humanidade precisa começar a se adaptar à destruição climática

adaptação climática

“Precisamos de ser muito mais ambiciosos na remodelação das nossas sociedades para nos adaptarmos às mudanças climáticas, assim como trabalhar para mitigar os seus efeitos”, diz John Holdren, um dos cientistas da equipe de Ciência e Tecnologia do governo de Barack Obama.

A maior parte das manchetes, dos papers científicos, de seminários, conferências e reuniões se voltam para a redução das emissões antrópicas. O aviso de Holdren é o de que passou da hora de se colocar o esforço de adaptação no mesmo patamar.

São vários os problemas para a adaptação deslanchar. O primeiro é que os governos são praticamente os únicos a poder alavancar as ações – o setor privado pode mudar o local de suas atividades ou cobrar o seguro pelos prejuízos. Só governos podem levantar muros para conter a elevação do nível do mar ou obrigar moradores a mudar para locais mais afastados do perigo.

O segundo problema é que o preço da adaptação continuará a subir enquanto a temperatura continuar subindo. Daí a urgência em iniciar as ações. Um relatório do ano passado da Global Commission on Adaptation, liderado por Bill Gates, o ex-secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, e a ex-chefe do Banco Mundial, Kristalina Georgieva, concluiu que investir US$1,8 trilhão até 2030 em cinco áreas – de infraestrutura resiliente até a proteção de mangues – poderia render US$ 7,1 trilhões em benefícios. Vale ler a matéria de Siddarth Shrikanth no Financial Times.

 

ClimaInfo, 22 de janeiro de 2020.

Se você gostou dessa nota, clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.

x (x)