O ministro da economia, Paulo Guedes, parece ter voltado de Davos impressionado com a cara fechada de empresários e investidores por conta da antipolítica ambiental do governo. Segundo a Folha, “Guedes voltou do fórum determinado a promover ações que melhorem a imagem do Brasil no exterior. Ele teria até passado por cima de Salles ao dar ordens ao Ibama para enviar equipes de fiscalização à Amazônia. Guedes argumentou que “tem dinheiro” para que os fiscais façam ações de fiscalização contra o desmate. Salles, ao saber da intervenção no Meio Ambiente, ficou irritado e reagiu. Lembrou a Guedes que a pasta não está sob os domínios da Economia.”
A matéria conta que Salles também está desgastado com a ministra da agricultura, Tereza Cristina, “pela repercussão negativa que sua gestão está tendo para o agronegócio. O setor como um todo não aprova a política e a atitude adotadas pelo ministro.”
Salles, por seu lado, tenta criar a Secretaria da Amazônia depois da região ter ficado sob o controle do vice-presidente, general Mourão e seu Conselho da Amazônia. Salles não explicou a que vem este novo órgão. A notícia é do Poder 360.
Em tempo: Guilherme Athia, ex-executivo da Nike, conta que o clima de negócios internacionais para o Brasil piorou. Ana Estela de Sousa Pinto, da Folha, perguntou aos executivo se fazia sentido tratar a questão ambiental como política de esquerda. Athia explicou que as políticas ambientais estão entre as prioridades das maiores empresas globais porque mudarão as regras do jogo nos próximos cinco anos: “Não faz sentido incluir o ambiente na polarização esquerda-direita”.
ClimaInfo, 27 de fevereiro de 2020.
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