Rios de São Paulo menos preservados depois do novo Código Florestal

rios São Paulo

As margens de rios e riachos ficaram mais vulneráveis a partir de 2012 com a promulgação do “novo” Código Florestal. É o que mostra um trabalho de pesquisadores do Imaflora que analisou imagens de satélite antes e depois da sua entrada em vigor.

Antes da mudança, era obrigatória a preservação ou a restauração da área situada a menos de 30 metros do curso do rio. O “novo” Código reduziu a distância para 5 metros em pequenas propriedades, como é o caso de muitas das paulistas, e trocou a obrigatoriedade do restauro completo pela possibilidade de plantações em determinadas situações.

“Nossa modelagem revela que, com essa mudança, as áreas de preservação permanente perderam em capacidade de proteção dos recursos hídricos. O efeito-tampão que elas faziam ao segurar os sedimentos e também as enxurradas, porque havia mais infiltração de água no solo, deixou de existir por completo, mesmo com o plantio”, relatou Vinícius Guidotti a Eduardo Geraque, do Direto da Ciência.

O trabalho deve sair no número de maio da Land Use Policy.

Em tempo: O BNDES atendeu um pedido ruralista e não mais mais exigirá um CAR (Cadastro Ambiental Rural) validado nas operações com o campo. Como o processo de validação dos mais de 6 milhões de cadastros anda devagar, o banco resolveu não segurar o crédito de quem está com o Cadastro em situação pendente. A notícia é do Estadão.

 

ClimaInfo, 27 de fevereiro de 2020.

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