O agronegócio precisa “abraçar o combate ao desmatamento ilegal”

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A tarefa de separar o joio ruralista arcaico do trigo do agronegócio moderno apareceu na coluna de Marcos Jank, no Estadão. Jank fala sobre a imagem ruim do agro brasileiro no exterior em função da “quantidade de queimadas e desmatamentos (…) além de invasões de Terras Indígenas e devolutas”. Ele diz que “o Brasil não deveria tomar posição contra o restante do mundo no tema ambiental. Ao contrário, é preciso formar alianças estratégicas em diversos níveis, reconhecer os problemas existentes, enfrentar perguntas difíceis, ampliar o diálogo e receber elogios dos outros, e não próprios.” Para tanto, Jank diz que “o setor privado do agro brasileiro precisa abraçar o combate ao desmatamento ilegal no Brasil, atacando a necessidade de regularização fundiária com critérios sólidos, condição básica para a punição dos abusos.”

Em tempo: Há duas semanas, dissemos que o MPF havia firmado um Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) com frigoríficos da Amazônia Legal para fins de comprovação da procedência da carne. Ana Carolina Amaral, na Folha, contou que esta comprovação está baseada em um índice técnico – examinar, em cada propriedade, o número de cabeças por hectare (mais que 3 é penalti) e um “monitoramento com análises geoespaciais (como sobreposição de fazendas com áreas de desmatamento ilegal, Terras Indígenas e áreas protegidas), verificação de documentos do produtor, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e checagem de listas públicas, como a lista do trabalho escravo.”

 

ClimaInfo, 2 de março de 2020.

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