Código Florestal impacta quantidade e qualidade da água no semiárido

Código Florestal

Com a promulgação do novo Código Florestal em 2012, foi alterado o tamanho das Áreas de Proteção Permanente nas propriedades, com uma redução das faixas de proteção às margens dos cursos de rios, lagos e outros corpos d’água em que a vegetação nativa deva ser preservada ou recuperada.

Em um trabalho que será publicado em maio na Science of the Total Environment, pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte mostram que tanto a quantidade quanto a qualidade da água pioraram com a alteração. Segundo um dos coordenadores da pesquisa, Adriano Caliman, “o Código Florestal, ao contrário do que se imagina, não está atuando de forma eficiente para evitar que os efeitos do uso do solo ao redor dos corpos hídricos impactem a qualidade da água” disse, e acrescentou que o Código “afrouxou as áreas de proteção ambiental ao redor dos ambientes aquáticos e tornou os lagos e reservatórios mais vulneráveis a receberem influências externas, processo que, no Semiárido, por causa dos efeitos das mudanças climáticas que vão deixar as chuvas muito concentradas, é mais prejudicial ainda”.

Eduardo Geraque, no Direto da Ciência, e o pessoal do Ciência na Rua comentaram o trabalho.

 

ClimaInfo, 5 de março de 2020.

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