A Ferrogrão, projeto de ferrovia para escoar soja do Mato Grosso, pode levar a um desmatamento de mais 2.000 km2 e a uma emissão de 75 milhões de tCO2e. O projeto tem a capacidade de escoar mais soja do que a que hoje sai pela rodovia BR-163 que cobre exatamente o mesmo trajeto. Isso, segundo trabalho do grupo brasileiro da CPI (Climate Policy Initiative), impulsionaria a expansão da área de plantio de soja, a qual, por sua vez, avançaria sobre a Floresta Amazônica.
Os autores fizeram uma conta simples: se fosse cobrado US$ 25 por tonelada de carbono emitida, as emissões da ferrovia custariam US$ 1,9 bilhão, mais da metade do custo previsto para a obra.
As contas são, como dizem os autores, bastante conservadoras. Por exemplo, eles não consideraram que parte da produção continuaria a sair pela rodovia, aumentando ainda mais a capacidade de escoamento e pressionando ainda mais a floresta.
ClimaInfo, 16 de março de 2020.
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