Estudo do Imperial College foi decisivo para aprofundamento de ações contra o coronavírus nos EUA e no Reino Unido

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O estudo do Imperial College que estimou em aproximadamente 2,2 milhões o número de mortes de norte-americanos em decorrência da contaminação pelo coronavírus, se medidas de distanciamento social não fossem tomadas, levou Trump a decretar estado de emergência em todos os EUA. O estudo também levou o primeiro-ministro britânico Boris Johnson a dar uma guinada na política de enfrentamento do vírus, já que previu a morte de meio milhão de britânicos nos próximos meses por causa do vírus, sempre no caso de não serem tomadas medidas de distanciamento social.

O governo dos EUA impôs mais restrições ao deslocamento, mas ainda mais importante, anunciou a liberação de US$ 1 trilhão para não deixar a peteca da economia cair e, algo inédito no mundo ultraliberal, pretende colocar parte importante desses recursos diretamente nas mãos das famílias mais atingidas pelo vírus e pelas medidas de distanciamento social.

Em tempo 1: As bolsas de valores dos EUA continuaram em queda livre e, segundo o Estadão, começam a aparecer sugestões de fechá-las até que passe o pico da crise. Segundo o Valor, a S&P Global Ratings disse que a recessão econômica está na porta, se é que já não entrou.

Ontem, a Rússia fechou suas fronteiras; e a Argentina colocou o Brasil na lista dos países de risco.

Em tempo 2: A Bloomberg publicou o primeiro de dois artigos de Pankaj Mishra prevendo maiores disrupções no futuro. Mishra compara o mundo global de agora com o ápice do Império Britânico há pouco mais de cem anos (a bandeira – Union Jack – está sempre tremulando em algum lugar do mundo) e avalia que passaremos por um tenebroso fim de sistema parecido.

Em tempo 3: Segundo o dashboard da Universidade Johns Hopkins, pouco antes das 20h de ontem, quase 200.000 pessoas tinham pego a doença, das quais 80 mil já se recuperaram. Até então, a doença havia matado 7.893 pessoal em todo o mundo.

 

ClimaInfo, 18 de março de 2020.

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