Ricos emitem desproporcionalmente mais do que os mais pobres

18 de março de 2020

Há uma lenda de que os 1% mais ricos têm um limite de quanto conseguem consumir e, portanto, responder pelas emissões de gases de efeito estufa associados a seus hábitos. Um trabalho da universidade inglesa de Leeds, publicado na Nature, prova que uma renda desproporcionalmente alta implica em emissões também desproporcionalmente altas.

O trabalho estimou as pegadas de carbono usando uma classificação de renda e de categorias de consumo a partir da energia consumida e embutida numa gama grandes de produtos e aplicou o método em 86 países, pegando todos os países ricos e os grandes do bloco intermediário.

As contas mostraram que a metade mais pobre nesses países consome o equivalente a 20% da energia total de seus países e que é bem menos do que consomem os 5% mais ricos. Matéria da BBC sobre a pesquisa destaca que a maior diferença está no transporte: os 10% mais ricos consomem quase 200 vezes mais do que os 10% mais pobres. E como consomem mais produtos importados, com todo o combustível gasto para transportá-los, a pegada dos ricos é impressionantemente maior do que a da maioria da humanidade. Um bom lugar para começar a taxar o carbono.

 

ClimaInfo, 18 de março de 2020.

Se você gostou dessa nota, clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.

x (x)

Continue lendo

Assine nossa newsletter

Fique por dentro dos muitos assuntos relacionados às mudanças climáticas

Em foco

Aprenda mais sobre

Glossário

Este Glossário Climático foi elaborado para “traduzir” os principais jargões, siglas e termos científicos envolvendo a ciência climática e as questões correlacionadas com as mudanças do clima. O PDF está disponível para download aqui,
1 Aulas — 1h Total
Iniciar