Ricos emitem desproporcionalmente mais do que os mais pobres

emissões dos ricos

Há uma lenda de que os 1% mais ricos têm um limite de quanto conseguem consumir e, portanto, responder pelas emissões de gases de efeito estufa associados a seus hábitos. Um trabalho da universidade inglesa de Leeds, publicado na Nature, prova que uma renda desproporcionalmente alta implica em emissões também desproporcionalmente altas.

O trabalho estimou as pegadas de carbono usando uma classificação de renda e de categorias de consumo a partir da energia consumida e embutida numa gama grandes de produtos e aplicou o método em 86 países, pegando todos os países ricos e os grandes do bloco intermediário.

As contas mostraram que a metade mais pobre nesses países consome o equivalente a 20% da energia total de seus países e que é bem menos do que consomem os 5% mais ricos. Matéria da BBC sobre a pesquisa destaca que a maior diferença está no transporte: os 10% mais ricos consomem quase 200 vezes mais do que os 10% mais pobres. E como consomem mais produtos importados, com todo o combustível gasto para transportá-los, a pegada dos ricos é impressionantemente maior do que a da maioria da humanidade. Um bom lugar para começar a taxar o carbono.

 

ClimaInfo, 18 de março de 2020.

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