Nuvens de gafanhotos gigantescas vieram de uma tempestade perfeita

22 de março de 2020

Nuvens de gafanhotos, algumas cobrindo áreas de mais de 3.000 km2 com muitos bilhões de insetos, continuam a varrer o leste da África e se expandir para o Oriente Médio e a Índia. Já é a pior crise desde a década de 60.

Robert Cheke, da Universidade de Greenwich, conversou com a Inside Climate News: “Estou preocupado com a escala da devastação e com o efeito na subsistência humana”, disse, acrescentando que também se preocupava com “a fome iminente”. Com o mundo às voltas com o coronavírus, Cheke diz que os países afetados precisam de dinheiro, equipamentos e materiais para levar equipes de combate até as regiões afetadas.

O gafanhoto do deserto é, normalmente, um animal solitário. Mas sua população explode se, na época de reprodução, o solo está úmido. O ano passado foi anormal em todo o oeste do Oceano Índico, como previsto pelos modelos climáticos. Dois ciclones despejaram muita água enquanto as temperaturas se elevaram fazendo florescer lavouras que forneceram a comida para as primeiras nuvens se espalharem e saírem em busca de mais calor, água e alimento, condições ideais para a reprodução de nuvens cada vez maiores.

A maior concentração está nas Eritreia, Etiópia, Somália e no Quênia. Outra concentração está ao longo do Golfo Pérsico, e há nuvens no Paquistão até a fronteira com a Índia.

 

ClimaInfo, 23 de março de 2020.

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