“Não se resolve a crise climática sem você”

emergência climática

A Wired dedicou sua última edição inteiramente à emergência climática. O editor-chefe, Nicholas Thompson, conta de uma viagem com os filhos e as conversas que tiveram. Num dado momento, o mais velho lhe perguntou: “Se você pudesse inventar “a” coisa que ajudaria, o que seria?” A edição gira em torno desta pergunta.

Um dos artigos é assinado por Mary Annaïse Heglar. Ela conta como o pequeno clube de “pessoas climáticas”, como ela chama quem luta por ações climáticas há tempos, virou um movimento impressionante. No artigo, ela responde a uma pergunta cada vez mais frequente, “mas o que eu posso fazer?”. Heglar amplia a questão cuidadosamente, mostrando que se decisões individuais são quase que irrelevantes, a mudança em questão é muito maior. “A crise climática é, muito além do que posso dizer, o resultado final de séculos de exploração e extração, incluindo a escravidão, o colonialismo e todos os seus desdobramentos. Esses horrores foram todos justificados por algum grau de pseudociência que poderia ter sido – e foi – facilmente refutado. Mas não o suficiente. Assim é com a crise climática.

Os cientistas e especialistas estudaram o problema e as soluções e apresentaram as suas conclusões ad nauseum. Mas não foi o suficiente. Porque não se trata apenas de ciência ou fatos. Isto está relacionado ao poder. E será preciso um exército. É aí que você entra.”

Heglar menciona uma frase preciosa de uma ativista negra, Toni Cade Bambara, segundo a qual o papel do artista “é tornar a revolução irresistível”.

 

ClimaInfo, 2 de abril de 2020.

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