Falta muito para o combate ao desmatamento

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O governo do Pará quer ajuda federal para enfrentar o desmatamento no estado. O governador Helder Barbalho aproveitou uma videoconferência com o vice-presidente, general Hamilton Mourão, para defender uso das Forças Armadas no combate às queimadas e ao desmatamento da Amazônia.

A reunião foi montada por Mourão para discutir, com os governadores da região, medidas a serem adotadas pelo novo Conselho da Amazônia. Barbalho disse que, ainda neste mês, a equipe estadual de combate ao desmatamento contará com 110 funcionários para trabalhar junto com a Polícia Militar. Mourão, por sua vez, afirmou que “realmente precisamos avançar em ações repressivas”.

Enquanto isso, seguem denúncias sobre as dificuldades enfrentadas pela fiscalização do Ibama para se ir a campo combater o desmatamento. Uma matéria d’O Globo da semana passada informou que cerca de R$ 230 milhões deveriam estar no orçamento do combate ao desmatamento, mas não estão. Esse dinheiro veio da multa que a justiça impôs à Petrobras para reparação de danos e perdas de investidores descobertos na Operação Lava-Jato. Tanto o Ibama quanto o ICMBio deveriam ter recebido 80% desses recursos. Sem isso, a fiscalização ficou ainda mais amarrada.

A preocupação com o aumento do desmatamento e das queimadas foi matéria de Jonathan Watts, no The Guardian. A epidemia está reduzindo o número de operações de fiscalização. Watts também informa que há ameaças sérias de invasão da Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau no Alto Jamari, em Rondônia. Foram captadas mensagens de WhatsApp marcando uma primeira investida para esta semana.

 

ClimaInfo, 6 de abril de 2020.

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