Salles demite analista do Ministério do Meio Ambiente contrário à exportação de madeira sem autorização

7 de abril de 2020

Enquanto o foco do noticiário está na pandemia da COVID-19 e seus efeitos econômicos, sociais e políticos, a gestão de Ricardo Salles no Ministério do Meio Ambiente avança na flexibilização das leis ambientais.

No mês passado, a Reuters reportou a saída de milhares de carregamentos de madeira de um porto amazônico no ano passado sem autorização do Ibama. À época, o governo resolveu “legalizar” esse fato, com a rescisão da regra que exigia autorização do Ibama para todos os carregamentos de madeira.

Entretanto, essa alteração não foi pacífica dentro do ministério. De acordo com a Reuters, o então coordenador-geral de monitoramento de Biodiversidade e Comércio Exterior da pasta, André Sócrates de Almeida Teixeira, foi contrário à flexibilização imposta pelo governo. Como resultado, ele foi exonerado pelo ministro Salles e substituído por Rafael Freire de Macêdo. De acordo com fonte ouvida pelo jornalista Jake Spring, “foi um mudança mais política, colocou alguém que é mais flexível (…) para flexibilizar e facilitar exportação de madeira”.

Ou seja, agora um carregamento de madeira não precisa mais de autorização do Ibama para ser exportado, o que deve intensificar ainda mais o comércio de madeira ilegalmente explorada na Amazônia.

 

ClimaInfo, 8 de abril de 2020.

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