Novos cruzamentos de vírus e novas rotas de transmissão podem, no futuro, aumentar a ameaça de pandemias. Para alimentar a humanidade no futuro, a agropecuária terá que ocupar mais terras, reduzindo assim o espaço para a vida selvagem. Isso favorecerá a transmissão de vírus entre espécies que, até hoje, têm pouca oportunidade de se encontrar. Também favorece o aparecimento de uma gama maior de mutações virais. Finalmente, o espaço reduzido significa que aumentará o contato da vida silvestre com as populações humanas.
Pesquisadores mapearam potenciais hotspots virais utilizando um modelo que junta redes de interação entre mamíferos e vírus a projeções da distribuição geográfica de quase 4.000 espécies de mamíferos, levando em conta as mudanças climáticas e cenários de uso do solo para o ano de 2070. Para estudar as rotas de transmissão até os humanos, o modelo também levou em conta as projeções de distribuição da população.
Uma prévia do trabalho, publicada na BioRxiv, reporta que as principais rotas de transmissão passam por morcegos e ratos, por estes se adaptarem melhor às mudanças de condições de seus habitats.
ClimaInfo, 14 de maio de 2020.
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