Ciclone categoria 5 ameaça Índia e Bangladesh

ciclone amphan

O ciclone Amphan era uma tempestade razoavelmente forte, mas ao longo de 24 horas se transformou num superciclone com ventos de mais de 250 km/h, o equivalente a um furacão categoria 5 no Atlântico. O Amphan está subindo para o Norte ao longo Baía de Bengala e entre os litorais da Índia e de Mianmar. O mais provável é que perca a força ao atingir o litoral da Índia e de Bangladesh, baixando para a categoria 3.

Na Índia, a quarentena rigorosa imposta pelo governo fez com que milhões de pessoas deixassem as favelas das grandes cidades e retornassem, muitas vezes a pé, para suas aldeias e vilas natais. É nesta condição que o poder de destruição do Amphan chegará. A notícia é da Weather Underground e da BBC.

Por falar em furacões, um trabalho recém publicado pela Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) prova estatisticamente que os furacões mais fortes – categorias 3, 4 e 5 – estão cada vez mais frequentes por conta do aquecimento global antrópico.

Como disse James Kossin, da Universidade de Wisconsin e da NOAA, “acabamos de aumentar a confiança na nossa compreensão sobre a ligação entre a intensidade dos furacões e as mudanças climáticas (…) Estamos muito confiantes de que há uma impressão digital humana nessas mudanças”, referindo-se ao aumento na frequência de furacões mais fortes. Além disso, também existe a tendência de tempestades aumentarem rapidamente de intensidade, como aconteceu com o Amphan.

Andrew Freedman e Jason Samenow comentaram o trabalho para o Washington Post.

 

ClimaInfo, 19 de maio de 2020.

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