Da mesma forma que a Europa, os EUA começam a ensaiar uma flexibilização do distanciamento social, ainda que de maneira pouco coordenada e bem cautelosa, já que o país segue como o mais afetado pela pandemia.
Com as restrições práticas e sanitárias ao transporte público, muitos estão buscando meios alternativos para se locomover pelas cidades – e isso resultou numa explosão de demanda por bicicletas. Apenas em março, já com as medidas de distanciamento social implementadas nas principais cidades, as vendas de bicicletas e de serviços de manutenção quase dobraram em comparação com o mesmo mês no ano passado. No mês passado, muitas lojas e distribuidores do equipamento estavam sofrendo com a falta do produto, resultado do congelamento dos fluxos internacionais de comércio.
Ainda é cedo para saber, mas já se especula que, com a continuidade das restrições relativas à pandemia no transporte público, a demanda por bicicletas continue grande nos próximos meses, o pode ajudar a popularizar o modal nos EUA. De toda forma, o caminho ainda é longo: menos de 1% das pessoas em Nova York, por exemplo, se locomovem por bicicleta. Em Portland (Oregon), que tem o maior percentual de pessoas que utilizando bikes para andar pela cidade, apenas 6,3% das pessoas fazem isso diariamente. Para comparação, em Copenhague, na Dinamarca, quase metade de todas as viagens para o trabalho ou escola é feita por bicicletas.
ClimaInfo, 21 de maio de 2020.
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