Restauração florestal como empreendimento rentável

restauração Florestal

O país tem conhecimento de ponta no plantio de eucalipto e pinus por conta da demanda do setor de papel e celulose que encontrou, aqui, as condições naturais e, sobretudo humanas, para se expandir.

Roberto Waack, na Página 22, olha para o potencial que a atividade de restauro florestal oferece como oportunidade para empreendedores e, principalmente, para o país. “Já é bastante conhecido o conceito de contínuo florestal. Inicia com a preservação permanente de maciços florestais intocados, segue em um crescente de intervenção humana com o manejo sustentável, passa ao enriquecimento silvicultural de florestas degradadas, avança na restauração de áreas convertidas com o plantio biodiverso e depois para o plantio pouco diverso, inclui o plantio de espécies exóticas de ciclo longo (eventualmente combinadas com o espécies nativas) e termina no extremo deste contínuo, com o plantio de monoculturas de eucalipto, pinus ou teca. Todas essas alternativas podem ser combinadas com a produção de alimentos ou produtos para outras indústrias (do extrativismo em áreas de preservação a sistemas de integração pecuária-florestas). Todas são alternativas melhores, do ponto de vista de emissões, que as atividades convencionais. Utilizando a metáfora do contínuo florestal, pode-se tratar de outros contínuos: o do uso da terra, o financeiro e o das organizações envolvidas.”

Para chegar lá, Waack propõe uma articulação em 5 frentes: “i) o desenvolvimento de P&D pré-competitivo da silvicultura; ii) um esforço de P&D voltado ao desenvolvimento de novos materiais e aplicações de fibras oriundas de árvores; iii) o fortalecimento de mecanismos de mercado para carbono; iv) a articulação entre os atores do mercado financeiro, como fundos institucionais, bancos, investidores de impacto e filantropia, para financiamento integrado de cadeias produtivas que utilizem as diversas formas a restauração florestal, cada um com sua escala, perfil de risco e demandas por retornos; e v) a mobilização conjunta no sufocamento do desmatamento e do mercado de madeira ilegal.

Vale ler toda o artigo.

 

ClimaInfo, 21 de maio de 2020.

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