A União Europeia deve anunciar, na semana que vem, seu plano de recuperação econômica, o mais “verde” do mundo. Ontem, a imprensa teve acesso a uma versão preliminar, na qual a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Den Leyen, diz estar “determinada a transformar sua estratégia de ‘green deal’ para atingir emissões líquidas de gases de efeito estufa zero até 2050, em um plano de recuperação econômica que rapidamente impulsionará o investimento privado e criará empregos em todo o continente”.
O plano aloca entre €60 e €80 bilhões para apoiar a venda de veículos elétricos, outros €91 bilhões para reforma de edificações para torná-las mais sustentáveis e €50 bilhões para adicionar pelo menos 15 GW em fontes renováveis de energia e a futura economia do hidrogênio. As informações são da Bloomberg, da Reuters e da Euroactive.
Em tempo: O título da matéria de capa da Economist desta semana: “Aproveitar o momento – a chance de achatar a curva climática”. A matéria abre dizendo, em tradução livre, que “acompanhar a pandemia é como assistir à crise climática em fast-forward. Nem o vírus nem os gases de efeito estufa respeitam as fronteiras, tornando os dois flagelos globais. Ambos colocam os pobres e vulneráveis em maior risco do que as elites ricas e exigem ações governamentais em uma escala quase nunca vista em tempo de paz. E com a liderança da China focada apenas em seus interesses próprios e a dos Estados Unidos [se mostrando] tão desdenhosa da Organização Mundial da Saúde quanto do Acordo de Paris, nenhuma das calamidades está sendo enfrentada com a resposta internacional coordenada que merece.”
ClimaInfo, 22 de maio de 2020.
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