A região metropolitana de Curitiba, Paraná, sofre com uma estiagem que já dura mais de 10 meses e que comprometeu seu sistema de abastecimento de água. Por conta da queda acentuada nos níveis dos reservatórios, as autoridades locais tiveram que implantar um rigoroso sistema de rodízio para evitar o colapso do abastecimento.
Além do rodízio, a SANEPAR também vem realizando obras emergenciais, como a transposição dos rios Pequeno e Miringuava Mirim para o rio Miringuava, o que pode aumentar a capacidade de captação e distribuição de água no curto prazo. O problema é que, sem chuvas, essas medidas terão efeito paliativo muito curto.
Como a meteorologista Marília Guedes do Nascimento, do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (INPE), explicou à rádio Bandnews Curitiba, alterações climáticas em diversas regiões estão afetando o regime de precipitação na capital paranaense. Segundo ela, entre essas alterações, estão as correntes de ar e água que carregam umidade da Amazônia para o Centro-Oeste, Sul e Sudeste, que estão se enfraquecendo por causa da intensificação do desmatamento no Norte. Isso resultaria em um verão com poucas chuvas na região de Curitiba, piorando a situação hídrica local.
Infelizmente, o cenário deve seguir difícil na capital do Paraná, já que a temporada seca se iniciou com a chegada do outono, e deve seguir até o final do inverno, em setembro.
ClimaInfo, 22 de maio de 2020.
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