Os enormes danos causados pela pandemia a sociedades e economias de todo o mundo foram ainda mais severos nos países mais pobres e vulneráveis. Distantes de qualquer debate sobre “recuperação verde” ou pacotes de incentivo, essas nações enfrentam um desafio tremendo para retomar suas economias, o que dependerá bastante de como a comunidade internacional e os governos locais responderão a outros problemas criados ou potencializados pela pandemia.
Em artigo no Climate Home, o diplomata congolês Tosi Mpanu Mpanu e os professores Youba Sonoka (Mali) e Yacob Mulugetta (Etiópia) destacam como a questão da energia pode servir como um ponto de partida para a recuperação econômica nos países menos desenvolvidos, com reflexos tanto na criação de capacidade e de resiliência nessas comunidades, como também na geração de riqueza e bem-estar social para essas comunidades.
Em tempo: Nos EUA, uma corte federal na Califórnia decidiu desarquivar na semana passada um processo movido pelas cidades de São Francisco e Oakland contra companhias como ExxonMobil, Chevron e Shell, que as acusa de ter conhecimento sobre a mudança do clima desde os anos 1960 e exige que elas financiem um “fundo de abatimento” para ajudar a pagar por obras de adaptação climática. Com o desarquivamento, as cidades envolvidas no processo poderão apresentar na corte distrital seus argumentos contra as gigantes do petróleo.
ClimaInfo, 1º de junho de 2020.
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