Ainda sob efeitos da pandemia de COVID-19, tendo sido particularmente atingido pela nova doença, os EUA se preparam para a chegada de mais uma temporada de furacões no Atlântico – que, segundo cientistas do governo norte-americano, pode registrar tempestades mais frequentes e destrutivas.
Para os estados norte-americanos nas rotas de furacões, a preocupação tem sido como preparar suas cidades e comunidades para essas tempestades sem afetar os esforços de combate à pandemia. Isso porque, com o novo coronavírus ainda circulando no país e sem uma vacina à vista, a passagem dos furacões pode causar dois desastres simultâneos: o evento climático propriamente dito, com ventos fortes, chuvas intensas e inundações, e a proliferação de COVID-19 em abrigos públicos e campos de refúgio para as pessoas evacuadas.
As autoridades federais já alertaram estados da costa leste e do Golfo do México para a necessidade de revisar seus planos de contingência para furacões, considerando os efeitos da pandemia sobre as respostas programadas. Um ponto bastante reforçado por especialistas e gestores é a preparação em nível local para esses eventos, com informações e orientações claras para governos e cidadãos na eventualidade de uma tempestade atingir suas regiões.
Ao mesmo tempo, diversos estados norte-americanos tiveram que frear a implantação de medidas de adaptação a eventos climáticos extremos, por causa da pandemia. Esses projetos fazem parte de uma iniciativa da gestão Obama para melhorar a resiliência e a capacidade de resposta de diversas comunidades vulneráveis a eventos extremos.
Com o atraso nos planejamento e execução dessas obras, os gestores estaduais e municipais envolvidos nesses projetos temem perder acesso aos recursos do programa e vão pedir ao Congresso que renove o prazo para apresentação e conclusão dessas iniciativas por três anos.
ClimaInfo, 2 de junho de 2020.
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