O distanciamento social implantado em São Paulo desde o final de março não impediu que o estado registrasse, nos primeiros cinco meses de 2020, o dobro de queimadas com relação ao mesmo período no ano passado. De 1º de janeiro a 30 de maio, o sistema de monitoramento do INPE registrou 762 focos de queimadas no estado, uma alta de 108% (foram 365 em 2019).
Do total deste ano, 587 foram registrados nos últimos três meses, já sob a vigência de quarentena, destaca José Maria Tomazela, no Estadão. O número de focos de incêndio nos primeiros cinco meses do ano é o maior desde 2014. Nos demais estados do sudeste, os satélites do INPE registraram menos queimadas nesse período, com redução de 15% em Minas Gerais, 23% no Rio de Janeiro, e 57% no Espírito Santo.
Em tempo: Na Amazônia, a preocupação com a chegada da temporada seca e com aumento acentuado nos focos de incêndio na floresta vem se acentuando. Na Folha, Marcelo Leite aborda de que maneira a intensificação do desmatamento nos últimos meses, associada com a expectativa de mais queimadas na Amazônia neste ano, pode pressionar ainda mais os hospitais da região Norte, já pressionados para além de sua capacidade por conta da pandemia de COVID-19. Com a fiscalização governamental cada vez mais frágil, resultado da gestão antiambiental de Ricardo Salles em Brasília, e a pandemia, a Amazônia “corre o risco agora de sucumbir de vez aos incendiários do governo Bolsonaro”, alerta Leite.
ClimaInfo, 2 de junho de 2020.
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