Ativos fósseis podem perder até ⅔ de seu valor, aponta novo relatório

queda fóssil

A queda na demanda e a elevação do risco de investimento podem emparedar as indústrias de petróleo, gás e carvão e diminuir seu valor em até ⅔, indica um novo relatório da Carbon Tracker.

Com a competitividade maior das fontes renováveis e o endurecimento de políticas públicas relativas ao clima em muitos países, as corporações fósseis podem estar se aproximando de um declínio terminal, acelerado nos últimos meses pelos efeitos da pandemia de COVID-19.

Por outro lado, o relatório alerta que essa decadência pode representar uma ameaça significativa à estabilidade financeira global, já que as companhias desses setores são avaliadas em cerca de US$ 18 trilhões, algo próximo a ¼ do total do mercado financeiro internacional.

Para evitar esse cenário, as empresas precisam buscar adaptar seus negócios para a nova realidade e os investidores devem incentivar esse movimento por parte das companhias. “Esta é uma oportunidade enorme para países que importam combustíveis fósseis, que podem economizar trilhões de dólares ao trocá-los por energia limpa, em linha com o Acordo de Paris”, alerta Kingsmill Bond, principal autor do relatório. “Agora é a hora para planejar um desinvestimento ordenado dos ativos fósseis e gerenciar o impacto disso na economia global, ao invés de seguir tentando sustentar o insustentável”.

 

ClimaInfo, 5 de junho de 2020.

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