Vazamento de óleo na Rússia pode atingir Oceano Ártico

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O verão ainda não chegou no Ártico, mas as últimas semanas já anunciam uma temporada de novos desastres ambientais na região. Na Rússia, o vazamento de óleo na cidade de Norilsk, causado pelo desabamento de um reservatório de combustível, liberou cerca de 150 mil barris de diesel, ou 20 mil toneladas, em um rio que deságua no Oceano Ártico, pouco mais da metade do óleo liberado no acidente com o navio petroleiro Exxon Valdez no Alasca, em 1989.

De acordo com a empresa responsável pelo acidente, a Norilsk Nickel, o reservatório desabou por conta da instabilidade do solo da região, causada pelo degelo do permafrost, a camada de solo congelado da região. No entanto, grupos ambientalistas criticam a empresa por negligência, já que o problema não é novo e o acidente poderia ter sido evitado. De acordo com oficiais do governo russo, o trabalho de descontaminação do Ártico poderá durar anos, a um custo ainda difícil de ser estimado.

Ao mesmo tempo, o reaparecimento de focos de queimada na Sibéria durante a primavera, uma das mais quentes já registradas na região, traz preocupações para as autoridades russas e ambientalistas. Na semana passada, temperaturas em áreas próximas ao Círculo Polar Ártico chegaram aos 30°C. Com o aumento da temperatura, focos de incêndio florestal foram registrados na região muito antes do que tem sido observado recentemente, ou seja, em meados de julho e agosto. Com a antecipação das queimadas, teme-se que este verão seja ainda mais devastador que o do ano passado na Sibéria.

 

ClimaInfo, 16 de junho de 2020.

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