Para lideranças da ONU, destruição da natureza causou a pandemia

destruição

A exploração abusiva dos recursos naturais, somada à devastação de habitats e à mudança do clima, está facilitando o surgimento de ameaças à sobrevivência humana, como a pandemia de COVID-19 que já causou a morte de ao menos 430 mil pessoas em todo o mundo.

“Temos visto muitas doenças aparecendo ao longo dos anos, como Zika, AIDS, SARS e Ebola, todas originadas de populações animais sob condições de pressão ambiental severa”, afirmam Elizabeth Marina Mrema (secretária-executiva da Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica), Maria Neira (diretora de meio ambiente e saúde da OMS) e Marco Lambertini (chefe do WWF Internacional) em artigo publicado ontem (17/6), no Guardian.

Com o coronavírus, “essas epidemias são manifestações do nosso relacionamento perigosamente instável com a natureza (…) Eles ilustram que nosso comportamento destrutivo com a natureza está ameaçando nossa própria saúde – uma realidade dura que temos ignorado coletivamente por décadas”, argumentam.

Os autores reforçam a importância de se buscar uma recuperação econômica justa, saudável e verde que dê início a “uma transformação mais ampla rumo a um modelo que valoriza a natureza como a base de uma sociedade saudável”.

Na mesma linha, vale ler uma matéria do The New York Times sobre a relação entre a intensificação da destruição do meio ambiente e o surgimento cada vez mais frequente de doenças zoonóticas ao redor do mundo.

 

ClimaInfo, 18 de junho de 2020.

Se você gostou dessa nota, clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.

x (x)