O fim da era da gasolina se aproxima?

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A decisão da BP de rever o valor de seus ativos em óleo e gás por conta da redução na expectativa de preço futuro do mercado global causou um movimento sísmico no setor.

Gigantes da indústria fóssil estão sendo desafiadas pelas projeções e pelo cenário atual a intensificar um movimento que vinham há décadas empurrando com a barriga: a transição para um modelo de negócio baseado em fontes renováveis de energia. Investidores também estão atentos a essa movimentação e estão pressionando outras companhias petrolíferas a seguir o exemplo da BP e a serem críticas e transparentes quanto ao risco de seus projetos futuros criarem “ativos encalhados”, investimentos que jamais darão retorno por falta de competitividade.

Em tempo: Enquanto as empresas fósseis lutam para sobreviver, alguns caminhos para uma economia pós-petróleo estão sendo explorados. O analista climático Chris Goodall destaca alguns experimentos e pesquisas que, na Europa, analisam o hidrogênio como alternativa energética para setores que não podem ser totalmente eletrificados, como a aviação de longa distância e a siderurgia. Exceto parcialmente a produção de cimento, todos os demais setores emissores que hoje dependem de combustíveis fósseis para funcionar podem recorrer ao hidrogênio ou à eletricidade, ou mesmo a uma combinação entre os dois, o que eliminaria as emissões de gases de efeito estufa decorrente de suas atividades.

 

ClimaInfo, 23 de junho de 2020.

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