Ondas de calor se tornaram mais frequentes e prolongadas nas últimas décadas

ondas de calor

As ondas de calor aumentaram em extensão e frequência em quase todas as partes do mundo desde os anos 1950, aponta um estudo publicado na semana passada por cientistas australianos na revista Nature Communications.

O estudo é o primeiro a fazer uma análise desse fenômeno em nível regional e constatou que a escalada das ondas de calor variou em todo o planeta, com a Amazônia, o Nordeste brasileiro, a Ásia Ocidental e o Mediterrâneo experimentando variações mais rápidas do que, por exemplo, o sul da Austrália e o norte da Ásia.

A pesquisa também examinou o chamado calor cumulativo, que estima quanto calor adicional foi registrado em um evento individual de calor extremo além do limite tradicional que definia o início de uma onda de calor. Os pesquisadores verificaram que a intensidade acumulada subiu em todo o planeta, com aumento médio por década entre 1,8°C e 4,5°C – embora em alguns lugares do mundo, como o Oriente Médio e partes da África e da América do Sul, o aumento tenha sido mais próximo dos 10°C por década.

Os jornais The Independent e The Guardian destacaram os principais resultados do estudo.

Em tempo: Cientistas italianos estão investigando o aparecimento misterioso de gelo cor-de-rosa nos Alpes. Uma hipótese é que o fenômeno tenha sido provocado por algas do tipo Ancylonema nordenskioeldii. Elas podem ter se beneficiado do derretimento da cobertura de neve nos últimos tempos, o que permitiu que elas se proliferassem na região. No entanto, o temor é que, com a presença dessa alga, o gelo alpino se derreta ainda mais rápido, já que ela torna o gelo mais escuro, diminuindo a capacidade de refletir a radiação do sol e, consequentemente, aumentando a absorção do calor e o derretimento do gelo.

 

ClimaInfo, 7 de julho de 2020.

Se você gostou dessa nota, clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.

x (x)