Ártico bate recorde em calor e incêndios

Ártico incêndios

A região do Ártico tem testemunhado as semanas mais quentes já registradas. De acordo com dados do serviço meteorológico Copernicus, da União Europeia, a temperatura em junho foi de 5oC a 10oC mais alta que a média histórica na Sibéria, variando de local a local. No mês passado, diversas localidades árticas registraram temperaturas na casa dos 30oC, o que causou não apenas calor, mas também “ressuscitou” os incêndios florestais que arrasaram boa parte da Sibéria no ano passado.

“O clima está mudando mais rapidamente no Ártico e está ficando mais seco e quente, condições ideais para os incêndios”, disse Mark Parrington, cientista sênior da Copernicus, à Reuters. De acordo com autoridades russas, em 6 de julho havia 246 focos de incêndio na Sibéria, cobrindo uma área de 140 mil hectares.

E os últimos meses podem ser apenas um “aperitivo” daquilo que pode acontecer no Ártico caso o planeta siga aquecendo. Um estudo publicado no Journal of Geophysical Research indica que as ondas de calor extremo podem se tornar frequentes no Ártico, com impacto particularmente mais grave nas comunidades costeiras e na infraestrutura da região. Esses fenômenos, que costumam ocorrer uma vez a cada 20 anos, podem se tornar mais frequentes nas próximas décadas, ocorrendo uma vez a cada dois a cinco anos.

 

ClimaInfo, 9 de julho de 2020.

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