O Partido Democrata apresentou na 4ª feira (8/7) um conjunto de propostas para ação climática que devem fazer parte da plataforma eleitoral de Joe Biden na disputa presidencial contra Donald Trump em novembro. As propostas são fruto de uma colaboração política entre Biden e o senador socialista Bernie Sanders, seu antigo rival na disputa primária democrata, com o objetivo de unificar o partido e superar as divisões e desavenças que facilitaram a derrota de Hillary Clinton na corrida presidencial de 2016.
Nas primárias, Sanders foi um dos principais defensores do chamado “Green New Deal”, uma releitura do famoso New Deal de Franklin Delano Roosevelt, que ajudou a tirar os EUA da Grande Depressão nos anos 1930. Biden defendia uma abordagem menos radical e mais gradual de ação contra a mudança do clima. Para construir um caminho comum, os dois delegaram essa tarefa para o ex-senador e ex-secretário de Estado John Kerry e para a jovem deputada Alexandria Ocasio-Cortez.
Entre os principais pontos da proposta democrata, está o compromisso de acelerar a transição para fontes renováveis de energia, com o objetivo de atingir 100% da matriz energética dos EUA até 2035. Além disso, o grupo recomendou também a meta de emissões líquidas zero para novos projetos de construção civil até 2030, a instalação de 500 milhões de painéis solares e 60 mil turbinas eólicas onshore e offshore, e a reforma de 2 milhões de residências e 4 milhões de edifícios públicos, com melhorias de eficiência energética.
Em tempo: Um novo relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso dos EUA (CRS) aponta para uma forte resistência entre os parlamentares norte-americanos a uma parceria estratégia de longo prazo com o Brasil neste momento, por conta dos riscos que o presidente Jair Bolsonaro traz à democracia, aos Direitos Humanos e ao meio ambiente. O texto do CRS, que tem como função apoiar as atividades parlamentares com informações e dados de inteligência básica, destaca a escalada da pandemia de COVID-19 no Brasil e o aumento do desmatamento como pontos problemáticos para um aprofundamento da agenda bilateral.
ClimaInfo, 10 de julho de 2020.
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