Às vésperas de completar um ano desde que os primeiros focos de vazamento de óleo no Nordeste foram identificados, o governo ainda não conseguiu identificar os responsáveis por um dos piores desastres ambientais da história do Brasil, que espalhou manchas de petróleo por cerca de 3,4 mil km do litoral brasileiro, do Maranhão até o Rio de Janeiro.
N’O Globo, Leandro Prazeres informou que, além de não identificar os culpados e não aplicar nenhuma multa, o governo não pagou a dívida de R$ 43 milhões pelos serviços de limpeza prestados durante a crise pela Petrobras. A Polícia Federal e a Marinha do Brasil chegaram a atribuir responsabilidade pelo vazamento ao navio de bandeira grega Bouboulina, da empresa Delta Tankers, que, por sua vez, rejeitou a acusação.
No mês passado, comentamos aqui que, mesmo com novas manchas menores aparecendo nos últimos meses, o trabalho de limpeza das praias foi diminuído consideravelmente. Isso porque, além do impacto da pandemia sobre a operação, o governo federal diminuiu bastante seus esforços relativos ao vazamento, com a desmobilização do Plano Nacional de Contingência em março passado.
ClimaInfo, 21 de julho de 2020.
Se você gostou dessa nota, clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.
