Procuradores-gerais dos estados norte-americanos da Califórnia, Novo México, Nova York e Washington entraram com ação na 2ª feira (20/7) na justiça federal, argumentando que os estudos de impacto ambiental feitos pelo governo dos EUA ignoraram muitos dos impactos potenciais desses projetos, especialmente para a vida selvagem, a qualidade do ar e o bem-estar dos moradores locais.
“O governo Trump repetidamente ignorou as leis ambientais para beneficiar empresas poluentes de carvão. Isso não é apenas imoral – é ilegal, e pretendemos contestar essa decisão e provar a ilegalidade na Justiça”, afirmou o procurador-geral da Califórnia, Xavier Becerra. O arrendamento de terras públicas para exploração de carvão tinha sido proibido pela administração Obama (2009-2017), mas foi retomado por Trump, que defende o uso massivo do carvão em prol da “independência energética” dos EUA.
Em tempo: O FBI prendeu nesta semana o presidente da Câmara dos Representantes de Ohio, Larry Householder, além de vários parlamentares e políticos republicanos, por acusações de suborno vinculado à aprovação de uma lei de auxílio financeiro a empresas energéticas nucleares e carvoeiras. Os envolvidos teriam recebido mais de US$ 60 milhões em propina para facilitar a aprovação do projeto, que forneceu vastos subsídios públicos para setores energéticos que sofriam com a falta de competitividade de suas fontes de geração elétrica. O prejuízo aos cofres públicos do estado é estimado em US$ 170 milhões apenas no último ano.
Gizmodo e Vox deram mais detalhes sobre as acusações.
ClimaInfo, 24 de julho de 2020.
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