A contabilidade do colapso ambiental

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Para quem lida com pesquisas científicas acerca da crise ambiental, trazer boas notícias ao público em geral é difícil. O grau de degradação é grande e os impactos causados na vida na Terra são complexos e interrelacionados. Um estudo publicado recentemente na Scientific Reports mostra como o cenário ambiental é bastante problemático.

Analisando o ritmo de desmatamento e contaminação causados pela humanidade nos últimos séculos e projetando isso para o futuro, pesquisadores do Instituto Alan Turing (Reino Unido) e da Universidade de Tarapacá (Chile) estimaram que o risco de um colapso ambiental total é de 90% nas próximas décadas. Caso não haja uma mudança radical, todas as florestas poderão desaparecer em aproximadamente 100 a 200 anos. No entanto, por conta dos impactos desse processo sobre os sistemas de suporte à vida, como armazenamento e captura de carbono, produção de oxigênio, ciclo da água e outros serviços ecossistêmicos, a vida na Terra pode estar comprometida bem antes disso, nos próximos 20 a 40 anos.

Para evitar essa situação, os autores argumentam que apenas uma mudança na organização da economia e das sociedades humanas, que “privilegie o interesse do ecossistema acima do individual de seus componentes, de acordo com o interesse comum da sociedade”, pode nos ajudar.

 

ClimaInfo, 11 de agosto de 2020.

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