EUA preveem temporada recorde de furacões em 2020

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Segundo alerta feito pela agência norte-americana NOAA na semana passada, a temporada 2020 de furacões no Atlântico pode superar 25 tempestades, o que a colocaria como a mais intensa já registrada. Por ora, desde 1º de junho, nove tempestades foram identificadas e nomeadas, duas das quais atingiram a força de furacão.

De acordo com a NOAA, as águas quentes do oceano gerarão entre sete e 11 furacões, sendo que de três a seis deles poderão se tornar grandes tempestades, de categoria 3 ou superior, com ventos acima dos 170 km/h.

Se esse número total se concretizar, pela 2ª vez na história a Organização Meteorológica Mundial terá que utilizar o alfabeto grego para complementar o método de nomeação de tempestades tropicais atlânticas em 2020. A 1ª vez que isso aconteceu foi em 2005, a temporada mais ativa e devastadora registrada até hoje.

O jornal The Washington Post destaca a confluência de fatores que contribuem para a possibilidade de furacões mais frequentes e destrutivos neste ano, como a elevação da temperatura superficial do mar em diversos pontos do Oceano Atlântico, bem como a ocorrência do La Niña no Pacífico, resultante da diminuição da temperatura da água nas porções central e oriental do oceano, que tende a diminuir os ventos mais elevados sobre o Atlântico tropical.

Já o The New York Times ressaltou a fala de Gerry Bell, do NOAA, sobre o impacto da mudança do clima sobre esses fenômenos. Para ele, independente da contribuição direta do aquecimento sobre os furacões, é evidente que o aumento do nível do mar aumenta o risco de tempestades, e temperaturas atmosféricas mais quentes fazem com que as tempestades tragam mais chuvas.

 

ClimaInfo, 10 de agosto de 2020.

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