O Ministério das Relações Exteriores foi acusado por entidades brasileiras e estrangeiras de vetar a participação de um representante da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) em uma reunião da Organização dos Estados Americanos sobre a pandemia e os Povos Indígenas.
“É indignante e inaceitável que no século XXI, nas vésperas da comemoração dos 26 anos do Dia Internacional dos Povos Indígenas, nós sofrermos uma atitude racista e discriminatória do governo brasileiro para com os Povos Indígenas”, disse a entidade em nota.
De acordo com a COIAB, a liderança indígena Nara Baré estava programada para participar de uma sessão do Conselho Permanente da OEA, na 6ª feira (7/8), que reuniu representantes indígenas para discutir os impactos da pandemia nas aldeias. No entanto, o embaixador brasileiro na OEA, Fernando Simas Magalhães, teria cancelado a participação de Baré. A reunião ocorreu sem a participação de nenhum representante indígena por parte do Brasil.
Lauro Jardim n’O Globo e Jamil Chade no UOL repercutiram a informação.
Em tempo: Durante uma live promovida pela agência FSB Comunicação com o ex-ministro Aldo Rebelo, Mourão defendeu que os indígenas possam explorar as riquezas de suas terras. Para ele, os índios hoje vivem como “mendigos” em terras ricas, “não têm acesso às conquistas materiais da humanidade porque são preservados como se fossem animais em zoológicos. O indígena não quer continuar a viver na oca, nu, caçando de arco e flecha, pescando na beira do rio quando ele sabe que ele pode, naquela terra que ele tem, trabalhá-la dentro dos ditames do nosso Código Florestal”. Mourão criticou também o que ele chamou de “índios de grife”, que “se fantasia de índio para aparecer nos fóruns internacionais, quando na realidade, na terra dele, ele tem uma 4×4 e vive uma vida totalmente distinta”.
ClimaInfo, 10 de agosto de 2020.
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