Gás e nuclear brigam para ganhar incentivos verdes na União Europeia

gás e nuclear

As indústrias do gás e da energia nuclear redobraram esforços para pressionar a União Europeia a incluí-las na relação de fontes energéticas consideradas limpas pelo bloco e, assim, receber bilhões de dólares em incentivos pós-pandemia.

Em junho, os países da UE concordaram em excluir o gás natural e a energia nuclear dos incentivos para transição energética, mesmo com a pressão favorável de países do Leste Europeu, especialmente da Polônia. De acordo com Reuters, representantes desses setores se reuniram 52 vezes com oficiais europeus nos últimos seis meses para reverter a situação. Para essas empresas, o gás natural e a energia nuclear são fontes importantes para a transição energética da Europa e não podem ficar de fora do pacote de incentivos verdes anunciado pela UE em maio. Já para ambientalistas, a eventual classificação dessas fontes como “renováveis” prejudica os esforços de Bruxelas para promover uma recuperação econômica verde, que viabilize a neutralidade das emissões de carbono até 2050.

Em tempo: Enquanto isso, o governo português confirmou que o leilão de energia solar realizado na semana passada registrou o menor preço global para a produção futura, estimado em 11,14 euros por megawatt-hora (cerca de R$ 73). Segundo o ministério do meio ambiente do país, 670 MW dos 700 GW foram contratados, divididos em 13 lotes localizados principalmente no sul, área com maior irradiação solar. “Nós estamos a caminho de chegar em 2030 com 80% da energia consumida em Portugal produzida por fontes renováveis”, celebrou o ministro João Pedro Matos Fernandes.

 

ClimaInfo, 31 de agosto de 2020.

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