Estudo: Mudar consumo de proteína animal para vegetal pode reduzir o equivalente a 16 anos de emissões de CO2 até 2050

proteína animal

Um novo estudo apontou que a substituição do consumo de proteína animal por vegetal, como lentilhas, feijão e nozes, pode remover o equivalente a mais de uma década de emissões de dióxido de carbono da atmosfera.

Publicado na revista Nature Sustainability, o trabalho argumenta que essa troca reduziria o total de terra utilizado para a produção de carne bovina e laticínios, que poderia ser restaurada e aproveitada para a produção integrada de legumes, verduras e cereais. Com isso, os autores estimam que a captura de carbono pelas áreas restauradas pode equivaler às emissões totais de até 16 anos. A retirada desse volume de carbono da atmosfera dobraria o chamado “orçamento de carbono” – o estoque de carbono que a humanidade pode queimar sem inviabilizar a limitação do aquecimento em 2°C, no máximo, até o final deste século.

“O maior potencial de regeneração florestal e os benefícios climáticos que isso acarreta existiriam em países de renda alta e média-alta, lugares onde o consumo de carne e laticínios teria impactos relativamente menores na segurança alimentar”, afirmou Matthew Hayek, autor principal do estudo e professor da Universidade de Nova York (EUA). “Podemos pensar em mudar nossos hábitos alimentares em favor de dietas mais amigáveis à terra como um suplemento à transição energética”.

O estudo foi destacado pelos Daily Mail, Yahoo! News, I-News e Phys, entre outros.

 

ClimaInfo, 9 de setembro 2020.

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