O hidrogênio entrou no radar de empresas e governos em todo o mundo como uma alternativa potencial de um combustível renovável com capacidade de descarbonizar setores intensivos em emissões de carbono, como siderurgia e transporte. Por exemplo, o plano europeu de recuperação pós-pandemia estabeleceu o desenvolvimento de tecnologia para o uso de hidrogênio para geração de energia como uma de suas prioridades no esforço de neutralização das emissões da União Europeia até 2050.
Na série Retomada Verde, o Estadão destacou o potencial que o Brasil tem na produção do chamado hidrogênio verde – feito por eletrólise a partir de eletricidade gerada por fontes renováveis – por conta de sua matriz energética (ainda) majoritariamente limpa. Além da demanda potencial por esse combustível na Europa, uma vitória de Joe Biden nos EUA pode colocar o país na corrida pelo hidrogênio, o que poderia ser uma oportunidade para o Brasil se posicionar como grande produtor global. Aqui no Brasil, o hidrogênio promete ser uma opção bem-vinda para boa parte da frota automotiva, especialmente ônibus e caminhões, que hoje depende do diesel.
Em tempo: No UOL, o consultor Renato de Castro traz o exemplo da startup Sun Electric, sediada em Cingapura, que está apostando em um modelo de negócio interessante para ampliar a geração de energia solar. Ela une consumidores interessados nos benefícios da geração fotovoltaica com proprietários de telhados disponíveis para instalação dos painéis. Assim, quem tem espaço o “empresta” para quem não tem, o que pode ser atraente em cidades superpopulosas. Com esse modelo, a empresa está conseguindo oferecer serviços com tarifas de 10% a 20% menores que às praticadas no mercado.
ClimaInfo, 9 de setembro 2020.
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