A temporada de tempestades tropicais no Atlântico segue intensa. Imagens da NASA mostram que, neste momento, cinco sistemas de instabilidade estão ativos, um recorde histórico – é apenas a 2ª vez na história recente que cinco ciclones simultâneos foram registrados. A 1ª e última vez que isso se deu foi em 1971.
Por ora, dois desses cinco ciclones são furacões: o Paulette, que atingiu as Bermudas no começo desta semana e deve seguir sentido Atlântico Norte; e o Sally, que passou pela costa ocidental da Flórida e deve atingir os estados da Louisiana e Mississippi nesta 4ª feira (16/9).
De acordo com o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC), Sally deve causar “tempestades e inundações repentinas de risco mortífero”.
Já a tempestade tropical Teddy encontra-se no Atlântico central e pode tornar-se um furacão nos próximos dias, ao se aproximar das Bermudas. Outra tempestade, Vicky, encontra-se próxima das ilhas de Cabo Verde, no litoral africano e não deve ganhar força. A depressão tropical Rene deve ter o mesmo fim, se dissipando nos próximos dias em algum ponto do Atlântico Central.
Por conta da alta atividade desta temporada de furacões, os meteorologistas terão que recorrer ao alfabeto grego para denominar as tempestades restantes até o final de novembro, quando termina a temporada. A agência norte-americana NOAA estima que 2020 deve bater o recorde, com 25 tempestades no Atlântico.
Em tempo: Falando em NOAA, cientistas da agência confirmaram nesta semana que o verão 2020 no hemisfério norte foi o mais quente já registrado. Os meses de junho, julho e agosto tiveram temperatura média cerca de 1,17°C acima da média histórica para esse período, superando os índices obtidos nos verões de 2016 e 2019. The Guardian repercutiu essa notícia.
ClimaInfo, 16 de setembro 2020.
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