Dois dos maiores produtores de carne do mundo, a JBS e a Marfrig, continuam comprando gado de fazendas envolvidas no “Dia do Fogo” de agosto de 2019 no sul do Pará, segundo apuração feita pelo Greenpeace Brasil.
Ao menos três propriedades dessa região – as fazendas São José (em São Félix do Xingu), Bacuri e Santa Rosa (em Altamira) – registraram focos de incêndio no “Dia do Fogo” e fornecem gado diretamente aos grande frigoríficos, além de fornecerem também para outras fazendas, o que indica a possibilidade de “lavagem de gado” para facilitar a venda de carne produzida em áreas envolvidas em crimes ambientais.
Em tempo 1: A comissão externa do Senado que acompanha a situação das queimadas no Pantanal aprovou requerimento para que Salles preste esclarecimento sobre a redução no volume de multas pelo Ibama nos últimos meses, mesmo com a explosão de incêndios florestais no Brasil. O ministro tem 30 dias para apresentar as informações e, caso não haja uma resposta satisfatória, pode responder por crime de responsabilidade. Via Estadão e O Globo.
Em tempo 2: As queimadas no Pantanal estão prejudicando o agronegócio. O Valor mostrou que a falta de chuvas, que dificulta o combate ao fogo, está sendo problemática para a pecuária, já que os pastos estão cobertos de cinzas. Produtores da região de Poconé, uma das mais atingidas pelo fogo, estimam que a recuperação da produção pode demorar anos.
ClimaInfo, 5 de outubro 2020.
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