Mobilidade urbana em debate para combater pandemia

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Com a pandemia, a preferência pelas caminhadas como maneira de se deslocar nas cidades subiu de 9% para 23%, motivada pelo desejo de proteção ao contágio pelo coronavírus, informa um especial da Folha sobre mobilidade urbana.

Mas, o caminho não é aprazível: 39% das 67 bilhões de viagens feitas a pé se dão em condições precárias, conforme pesquisa da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP).

As mulheres enfrentam riscos adicionais. Além da insegurança causada pela falta ou deficiência de iluminação pública, casos de assédio sexual são comuns nas ruas e no transporte público. Um estudo dos institutos Locomotiva e Patrícia Galvão apurou que 97% das usuárias já sofreram com o problema.

Outra matéria do especial da Folha mostra que muitas pessoas que não sentiam necessidade de ter um carro mudaram de ideia para se proteger da COVID-19. Só em agosto houve um aumento de 10,6% na venda de veículos usados, segundo a Fenauto.

Uma outra matéria informa ainda que o transporte público lotado reflete o colapso da receita do sistema, que é baseado nas tarifas e no número de pessoas transportada. O debate será um dos focos do debate das campanhas municipais.

Enquanto isso, o transporte por trilhos já acumula prejuízo de R$ 5,6 bilhões e os coletivos tiveram uma queda de 80% no número de passageiros. A boa notícia é que o uso da bicicleta aumentou nas periferias, gerando também renda para muitas pessoas.

Alinhavando as questões acima à luz das questões de raça e gênero, vale conferir o webinar “Mobilidade Urbana por uma Retomada Verde Inclusiva” organizado ontem pelo ClimaInfo.

 

ClimaInfo, 14 de outubro 2020.

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